Ex-ministro Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava-Jato

Antônio Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso nesta quinta-feira-feira, em São Paulo, na 34ª fase da Operação Lava-Jato. A prisão é temporária, ou seja, tem prazo de até cinco dias. Na operação de hoje estão sendo cumprido 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e no Distrito Federal.
A ação de hoje da Polícia Federal foi batizada de Operação Arquivo X, que investiga fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos . 

Mantega foi preso no hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde acompanhava a mulher, internada para uma cirurgia. O ex-ministro foi preso no centro cirúrgico.
Mantega já havia sido conduzido coercitivamente pela Operação Zelotes - que investiga venda de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão ligado ao Ministério da Fazenda
Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo as ordens judiciais. A atual fase investiga fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) usadas para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s).

Fraude

Nesta nova fase da Lava-Jato, policiais federais investigam fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes na Petrobras. De acordo com a Polícia Federal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas. Conforme a Polícia Federal, as empresas consorciadas  não possuíam experiência, estrutura ou preparo para a obra.

Dívidas de campanha

Os policiais  federais responsáveos por esta etapa da Lava-Jato afirmam que durante 2012 o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha do PT. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas de petistas.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Nome da Operação
O nome “Arquivo X” dado à investigação policial é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial.
Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, estes estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso.
Quanto aos investigados com prisão cautelar decretada, tão logo sejam localizados eles serão trazidos à sede da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.

COM INFORMAÇÃO DO JORNAL O EM

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