Homem acusado de matar namorada e esconder o corpo dela em Rubelita é condenado a 25 anos de prisão
O homem acusado de matar Júlia Graziele Soares Chaves, de 15 anos, e
esconder o corpo dela na zona rural de Rubelita foi condenado a 25 anos de
prisão por ocultação de cadáver e homicídio qualificado. Os dois namoravam na
época do crime e ele já está preso desde agosto
de 2022.
Segundo a sentença proferida pelo juiz Nilton José Gomes Júnior, foram
considerados como agravantes do homicídio o meio cruel, motivo fútil e emprego
de recurso que dificultou a defesa da vítima. Inicialmente, a pena deve ser
cumprida em regime fechado.
Segundo advogado Hezick Alvares Filho, a defesa já entrou com recurso e
vai apresentar suas razões para a redução da pena ao Tribunal de Justiça em
Belo Horizonte. Ele também destacou que entende que a pena foi aplicada de
forma excessiva e que enxerga que há boas expectativas quanto aos argumentos
apresentados.
Denúncia
Consta na denúncia do promotor Caio César Espírito Santo do Nascimento
que o acusado marcou com um encontrado com a adolescente em Salinas dizendo que
iria entregar um dinheiro para que ela fizesse um exame com o objetivo de
verificar se estava grávida.
Em seguida, eles foram a um bar e depois para a fazenda onde ele morava.
“Subsequentemente, em local ermo, o acusado passou a agredir a vítima
com socos, dando início à ação homicida ao golpeá-la múltiplas vezes com
instrumento perfurocortante (canivete com 15cm de lâmina) nas regiões peitoral,
abdominal, pélvica e pubiana.”
Em seguida, conforme a denúncia do promotor, a adolescente foi agredida
com golpes de capacete na cabeça. O laudo da necropsia apontou que ela morreu
em de decorrência de politraumatismo.
“Após consumação do homicídio o denunciado foi até sua residência, lavou
seus braços que ainda estavam com sangue da vítima, apanhou uma ferramenta
agrícola (enxadão), retornou ao local do delito e cavou um buraco de aproximadamente
50 (cinquenta) centímetros de profundidade, ocultando o cadáver ao enterrá-lo
no local.”
Prisão
Em 9 de agosto de 2022, o corpo de Júlia Graziele foi encontrado
enterrado em um matagal na zona rural de Rubelita, mesmo dia em que o namorado
dela foi alvo de um mandado de prisão cumprido pela Polícia Civil. A
adolescente estava desaparecida desde 22 de abril.
onforme noticiou o g1, o delegado José Eduardo dos Santos informou na época que as
investigações começaram depois que a família da vítima procurou a Polícia Civil
e informou sobre o desaparecimento.
“Ao aprofundar as investigações, percebemos que o namorado da vítima
havia vendido uma moto zero quilômetro por um preço abaixo da tabela e havia
fugido para o estado de São Paulo, além de ter cortado o contato por telefone,
rede social ou qualquer outro meio", falou o delegado.
Ainda conforme José Eduardo, após retornar de SP, o homem foi localizado
na zona rural de Rubelita durante a operação No More Tears. Ele confessou o
crime e indicou onde o corpo da vítima estava, na mesma propriedade na qual ele
estava escondido.
“O infrator confessou todos os fatos, relatando que após uma briga com a
vítima deferiu golpes de faca e de capacete contra ela, tendo enterrado o corpo
e evadido para São Paulo com o objetivo de evitar a ação da polícia”, disse o
delegado.
POR G1 GRANDE MINAS
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