Mulher de vereador é suspeita de receber Bolsa Família

Mais de 100 casos são investigados em Montes Claros.

Salário de vereador na cidade gira em torno de R$15 mil.

Valdivan VelosoDo G1 Grande Minas
Denúncia foi feita durante entrevista coletiva (Foto: Valdivan Veloso/G1)Denúncia foi feita durante entrevista coletiva
(Foto: Valdivan Veloso/G1)
Desde o ano de 2014 a prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas realiza um censo para averiguar informações referentes ao Bolsa Família. Nesta consulta, foram encontrados três casos de irregularidades no programa do governo federal no município.
 Entre os casos suspeitos de fraude está o da esposa do vereador Rodrigo Maia (PTN), o Rodrigo Cadeirante,cujos rendimentos gira em torno de R$ 15 mil mensais. Segundo levantamentos da prefeitura, Lusimar Veríssimo Maia é suspeita de ter sido beneficiária do Programa Bolsa Família, no período em que o marido já cumpria mandato como vereador em Montes Claros. De acordo com a prefeitura, ela recebeu o benefício até janeiro de 2015.
“Nós constatamos as irregularidades e ela omitiu a informação do companheiro. Desta forma houve a omissão real da renda per capita familiar. Ela estava cadastrada no programa desde janeiro de 2010”, afirma a diretora de assistência social do município, Simone Torres Gusmão.
O benefício para a esposa do vereador, segundo a prefeitura, foi bloqueado em janeiro e cancelado no mês de março deste ano. “Dois dos três casos foram concluídos. Este agora, envolvendo a família do vereador, vamos finalizar a apuração e repassar à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, afirma a assessora jurídica da prefeitura, Maria Tereza Alves de Oliveira.
O vereador Rodrigo Cadeirante nega ter conhecimento dos saques realizados no período em que atua como vereador. “Tenho conhecimento que o benefício foi depositado e sacado até dezembro de 2012. Desde então, segundo o que ela me passou, não realizou o recadastramento e nem sacou nenhum valor do programa do governo federal”, explica.
Apesar de desconhecer os saques, Rodrigo defende que a esposa seja punida caso fique comprovada a irregularidade. “Se ficar constatado, ela tem de ser punida como qualquer outra pessoa que cometa algum erro.  Se preciso for, eu mesmo faço a denúncia e ainda, caso necessário, ela pague com o dinheiro dela”, afirma.

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