Dilma não é Collor, mas está encurralada.

Diariamente diante de si uma narrativa que busca assemelhar o momento de Dilma ao de Collor, o presidente que sofreu impeachment nos anos 1990. São eixos da narrativa ou das semelhanças: a impopularidade, as denúncias se avolumando e se aproximando da presidente (faz poucos dias Dilma respondeu ao delator em uma aparente mudança de estratégia diante dos fatos), mas também o retrato de uma presidente isolada, que diz frases soltas e desconexas – como se vivesse em um mundo à parte, imagem semelhante à de Collor às vésperas de sair do Palácio do Planalto para, muitos anos depois, ser inocentado pelo STF.
Mas afinal, interessa de fato às oposições derrubarem Dilma? Os próprios jogadores políticos parecem aguardar o desdobramento dos fatos que, após as novas delações vazadas do homem da UTC, ganharam dinamismo. A prisão dos executivos das duas maiores empreiteiras do país, junto com a sugestão velada do juiz de que estas não poderiam participar de futuras licitações, amplia a questão para a seara econômica, dos negócios. Algo assim: vai se criando um clima, um nó, que para as coisas voltarem a andar, a funcionar no país (o que os ingleses chamariam de business as usual), será necessário tirar Dilma. Com o PT esfacelado, o movimento sindical insatisfeito, a opinião pública desiludida, os mais pobres (base social do antigo lulismo) pagando o pato do ajuste, quem resistirá?

Fonte Yahoo.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carro invade contramão, bate contra ônibus, mata três pessoas e fica destruído na BR-070, diz PRF, AS DUAS VÍTIMAS FATAIS SÃO DA CIDADE DE ITACARAMBI

Eleições em Itacarambi (MG): Veja como foi a votação no 2º turno

Jovem morre após ser baleado em Itacarambi