PF pede apoio para combater compra de votos

O delegado Marcelo Eduardo Freitas na reunião da Maçonaria (Foto: Girleno Alencar)
Gazeta norte mineira

A Polícia Federal pediu o apoio da sociedade para combater a compra de votos nas eleições desse ano, para permitir que ocorra um processo eleitoral limpo. O delegado Marcelo Eduardo Freitas, chefe da Delegacia da Policia Federal em Montes Claros, ministrou palestra na Loja Maçônica Filhos de Hiram, segunda-feira a noite, abordando o tema “corrupção na política”. Na sua concepção, essa será uma eleição bem fiscalizada pelos órgãos específicos, mas se não ocorrer a participação da comunidade, ficará mais difícil. Ele propôs a utilização do smartphone como forma de produzir provas dos atos ilícitos eleitorais. O delegado Teago Amorim também participou do evento.
O delegado Marcelo Eduardo Freitas explicou que as regras eleitorais são mais rigorosas nas eleições desse ano e isso acaba sendo a chance de promover a limpeza na política ou então jogar a toalha no chão. Cita que a atuação dos órgãos de controle provocou uma situação incomum: Montes Claros trocou de prefeito; no Brasil a Presidência da República foi mudada e em Minas Gerais, corre risco de mudanças. No caso do Norte de Minas, o delegado lembra que um dos maiores crimes eleitorais é a compra de votos, utilizando até mesmo o sistema Previdenciário e materiais de construções.
Também tem a boca de urna, onde os candidatos praticam abuso do poder econômico ou político, pois contratam pessoas nas Prefeituras, desde que trabalhem na sua campanha. A transferência irregular de eleitores é outra situação. Por fim, o transporte de eleitores. Como a fiscalização apertou, deixou de usar ônibus e agora tem carros de passageiros. Marcelo Eduardo Freitas acrescenta que a campanha do Caixa Dois é fundamental para as eleições desse ano, onde ficaram proibidas as doações de empresas. Ele afirma que é comum o empresário receber em média R$ 8,00 em obras públicas para cada R$ 1,00 que aplicou na campanha de um candidato.
Citou que os órgãos de fiscalização apertarão o cerco as doações irregulares e, por isso, todo cidadão deve observar se seu CPF não foi usado inadequadamente, como ocorreu nas eleições do ano passado em Montes Claros. Citou que a Polícia Federal estará atuando em oito municípios do Norte de Minas, nas eleições desse ano, por recomendação do Tribunal Regional Eleitoral. Frisou que em pouco tempo haverá uma ação mais intensiva de combate a corrupção e mesmo sabendo que gerará polêmica, a corporação cumpre seu papel. No caso da corrupção, o delegado lembrou que apenas em um caso daqui da região, se constatou a sonegação de R$ 350 milhões em impostos.

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