Vereador tem segundo carro apreendido após investigação

Carro teria sido usado como objeto de extorsão e estava sendo procurado (Foto: João Lã/Arquivo pessoal)Carro teria sido usado como objeto de extorsão e estava sendo procurado (Foto: João Lã/Arquivo pessoal)













A Polícia Civil de Bocaiuva (MG) conseguiu apreender, em uma garagem de carros usados de Montes Claros, um veículo que teria sido usado como objeto de extorsão pelo vereador Romário Sabino Pires (PSDC), investigado pela polícia por ter tomado de volta uma caminhonete quatro meses após ter vendido o veículo. Segundo a PC, ele teria ainda ameaçado a viúva do novo proprietário, um policial militar, assassinado em Turmalina em 2015.
Segundo as investigações da PC, o carro apreendido na tarde desta terça-feira (30) foi usado como artifício para convencer a viúva do PM a devolver a caminhonete adquirida, avaliada em mais de R$ 100 mil, e não contar nada à polícia.
Vereador ficará preso por tempo indeterminado (Foto: Reprodução/Facebook)Vereador Romário Sabino
(Foto: Reprodução/Facebook)
De acordo com o delegado Leonardo Diniz, além de tomar o carro de volta, o vereador chegou a combinar uma troca com a viúva do militar, envolvendo o carro apreendido na tarde desta terça. O vereador entregou o carro à mulher, mesmo com valor inferior à caminhonete. "Este veículo também foi tomado da mulher, uma semana após a combinação, novamente por Romário, com a ajuda de um outro homem. O carro era objeto de extorsão do vereador", afirma Leonardo.
Ainda segundo o delegado, o veículo apreendido estava em uma revenda de usados, no Bairro São José, em Montes Claros. "Um dos comparsas, vendo a investigação evoluir, vendeu o carro. O dono da revenda não sabia da situação do impedimento judicial e pagou R$ 31 mil. Na sexta-feira (26), este mesmo homem foi ouvido e afirmou não saber o paradeiro do carro".
Os dois veículos estão à disposição da Justiça até terminar o inquérito. O proprietário da garagem de veículos, que pagou R$ 31 mil na compra do carro impedido judicialmente, terá que entrar com ação judicial para rever dinheiro. "Eles não se importam com isso. Vão lesando várias pessoas", afirma Leonardo Diniz em relação ao vereador e comparsa que vendeu o carro.
Entenda o caso
Caminhonete foi apreendida no dia 18 de agosto (Foto: João Lã/Arquivo pessoal)Caminhonete foi apreendida no dia 18 de agosto
(Foto: João Lã/Arquivo pessoal)
No dia 18 de agosto, a PC apreendeu a caminhonete avaliada em mais de R$ 100 mil, pertencente ao vereador Romário Sabino Pires (PSDC). Segundo as investigações, Romário vendeu o veículo para um policial em 2015 e não fez a transferência, em virtude de um impedimento judicial.
O policial morreu quatro meses após comprar o veículo, e, logo depois, o vereador foi até a casa dos novos proprietários, em Turmalina, e tomou o carro de volta.
Através de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, a PC conseguiu verificar que Romário vinha realizando ameaças à esposa do policial que fez a compra do veículo. “Ele foi até a casa pegar o carro após a morte do marido desta mulher, um cabo da Polícia Militar, em julho de 2015. Ele foi, pegou o carro de volta e ameaçou a mulher e mais dois filhos menores. Os áudios obtidos comprovam as ameaças”, destaca o delegado Leonardo Diniz.
O objetivo do vereador, segundo a PC, era intimidar a mulher para que ela não contasse nada sobre o ocorrido.
Investigação
A PC já acompanhava a situação do veículo, através de investigação das condições de compra e origem da caminhonete do vereador Romário. Segundo as investigações, o vereador teria pago, à vista, R$ 143 mil pelo veículo, o que, para o delegado Leonardo, demonstra “falta de lastro financeiro para esta compra”, já que salário como vereador de Romário não sustentaria tal compra.
O veículo, usado por Romário, mas registrado no nome do pai dele, Natalino Sabino Pires, teria sido vendido em 2015 mesmo com impedimento judicial, já que era alvo de investigação. O carro agora segue apreendido até o fechamento das investigações.
Em 2015, Romário chegou a ser preso, suspeito de envolvimento na venda de veículos clonados em Bocaiuva. Segundo a Polícia Civil, o vereador liderava uma quadrilha que comprava carros e motos clonadas no estado de São Paulo e comercializava os produtos em uma comunidade rural do município.
Com informação do g1 grande minas

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