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JORNAL O TEMPO
Para evitar possíveis punições do Superior de
Justiça Desportiva (STJD), o Cruzeiro resolveu não relacionar para o banco de
reservas o lateral-esquerdo Breno Lopes, na partida contra o Coritiba. O atleta
jogou 20 partidas pelo o Paraná, seu antigo clube. A Raposa ficou sem
saber se ele poderia entrar em campo, uma vez que já ultrapassou o limite de
seis partidas em uma competição nacional. Essa regra vale para o mesmo
campeonato. Portanto, teoricamente, ele poderia atuar na Série A, pois os jogos
em que participou foram todos da Série B.
Porém, como o Regulamento Específico do ×Campeonato Brasileiro e
o Regulamento Geral das Competições não
deixa isso claro, o clube mineiro achou melhor deixá-lo fora do confronto. O
clube celeste entrou em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
para saber informações sobre o caso. O Cruzeiro aguarda um ofício da entidade
para colocar o jogador nos planos do técnico Marcelo Oliveira.
O atleta chegou a ter o seu nome incluído na
súmula, mas pouco antes de a bola rolar, a diretoria celeste informou ao
árbitro que ele foi excluído da relação. “Fizemos uma consulta à CBF para saber
se o Breno teria condições de enfrentar o Coritiba, mas até a hora do jogo a
CBF não tinha nos respondido. A nossa dúvida é porque ele jogou mais de seis
partidas pelo Paraná. O
Regulamento Específico da Competição e o Regulamento Geral das
Competições são claros quando afirmam que um jogador que
jogou seis partidas não pode atuar por outro clube da Série A. Porém, os regulamentos
não são claros quando se muda de Série”, declarou o diretor de comunicação do
Cruzeiro, Guilherme Mendes.
O diretor afirmou que a Raposa quer uma
garantia para evitar qualquer problema jurídico. “O Breno segue com a
gente para o jogo contra o Sport. Estamos aguardando uma resposta da CBF e
queremos isso por escrito. Se ele jogar e no futuro tivermos um problema com o
STJD, estamos documentados”, disse.
Mendes desmentiu a informação, que chegou a
ser veiculada, de que o lateral-esquerdo teria atuado por outras equipes além
do Paraná. “Não é
verdade, como chegou a ser noticiado, de que ele jogou por mais equipes neste
ano. Ele só jogou no× Paraná antes
de vir para o Cruzeiro”, concluiu.
Segundo a assessoria da CBF, a restrição do
número de jogos só ocorre se for na mesma divisão. Como ele jogou pela Série B,
ele está liberado para jogar a Série A. A assessoria da entidade, ao contrário
do que diz o Cruzeiro, afirma que o regulamento é claro sobre isso.
A precaução celeste surgiu após inúmeros
casos de jogadores irregulares, que renderam punições com a perda de pontos. O
caso mais recente e rigoroso aconteceu com o América, que perdeu 21 pontos e caiu
para a lanterna da segundona. O clube alviverde recorrerá ao Pleno do STJD
para tentar reverter a decisão.
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