CRATERA MISTERIOSA SURGE EM ZONA RURAL DE MONTES CLAROS.

           A CRATERA SURGIU DO NADA, TRAZENDO MEDO PARA A COMUNIDADE.
Uma equipe de pesquisadores visitou uma cratera recém-descoberta por moradores da comunidade de Cana Brava, na zona rural de Montes Claros. Uma geóloga, um espeleologista e engenheiros da Defesa Civil foram até o local na manhã desta segunda-feira (15) para avaliar que riscos o buraco pode oferecer. Para os especialistas, o tipo de erosão, que já tem 13 metros de profundidade, é um fenômeno natural no Norte de Minas e pode crescer ainda mais.
A cratera era uma rachadura pequena e cresceu após as chuvas fortes do mês de fevereiro, segundo os moradores da comunidade. Eles procuraram a Defesa Civil em busca de orientações. O órgão preparou um laudo que encaminhava o caso a especialistas e a visita foi feita em conjunto pelos pesquisadores.
O espeleologista e a geóloga concordam que o buraco se trata de uma caverna, antes coberta pela terra que acabou cedendo. “O Norte de Minas todo está sob rochas calcárias. A ocorrência de cavernas e sumidouros é relativamente comum e vem através do fenômeno de dolinamento, como é o caso em questão. As pessoas geralmente não têm acesso a estes buracos porque aparecem nas zonas rurais, em locais isolados, mas é algo comum”, explica Eduardo Gomes, espeleologista.
O aparecimento repentino da cratera, de acordo com Eduardo, também tem explicação. Para o especialista, a erosão começou no subterrâneo e as águas das chuvas levaram a terra que ficava sob o buraco. “O fluxo da água superficial, em decorrência das chuvas fortes, provocou infiltração na terra que estava sob a caverna. Por isso houve o desmoronamento de forma muito intensa”, afirma.
Análise do solo
A geóloga Maria Geralda Benedito foi a responsável por fazer as medições do buraco, de 13 metros de profundidade e dois de largura. A análise do solo dentro da cratera também foi feita. “Podemos ver que as fendas já existiam e a chuva fez com que a terra desmoronasse. Estamos em uma dolina que é recarga de um aquífero. Está seco porque é muito profundo. Neste local, não se pode jogar lixo, deve-se isolar o local e durante as chuvas pode ser que mais terra desmorone para dentro da dolina”, avalia.
Maria Geralda não acredita que a fenda possa ter um crescimento excessivo. “Não tem necessidade de muita preocupação. É um fenômeno natural. Como a região é pouco chuvosa, provavelmente a caverna não deve aumentar muito. Tudo depende do volume de chuvas”, diz a geóloga.
O engenheiro da Defesa Civil, Edvaldo Ferreira, foi o responsável pelo primeiro laudo emitido pelo órgão. Em entrevista ao G1o profissional demonstrou estar preocupado com o aparente sumidouro. Após a avaliação dos especialistas, ele acredita que o fenômeno seja sim natural.
“Existe a necessidade de isolarmos a área para que não exponha ninguém a riscos. Agora que os especialistas fizeram os estudos, vamos deixar a natureza agir. A equipe de pesquisadores disse que a água deve adentrar à caverna para reabastecer os lençóis, então só temos que proteger para não ter queda de animais ou de pessoas”, observa.(G1 GRANDE MINAS)

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