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Uma
das crianças
que havia sido dada como morta no ataque a uma creche de Minas Gerais
na quinta-feira (5) sobreviveu. Com isso, o número de crianças mortas foi
revisado de seis para cinco. As informações foram divulgadas pelo Corpo de
Bombeiros mineiro nesta sexta-feira (6).
Segundo
os bombeiros, houve um erro de avaliação médica e Cecília Davina Gonçalves
Dias, de 4 anos, que estava com parada cardíaca, foi reanimada após manobras.
O autor
do ataque, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, e uma professora, de 43,
também morreram. A educadora teve 90% do corpo queimado. Segundo a Polícia
Militar, o vigia jogou álcool nas crianças e em si mesmo e, em seguida, colocou
fogo.
Outras
crianças e funcionários da creche ficaram feridos no ataque. Trinta e oito
pessoas permanecem internadas em hospitais de Montes Claros, Janaúba e Belo
Horizonte. Entre elas, estão 22 crianças.
Duas
funcionárias da creche, que estão em estado grave, foram transferidas de
helicóptero de Janaúba para Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (6).
O
Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte,
também recebeu na
madrugada mais quatro crianças feridas. Unidade é referência no
estado em tratamento de queimaduras. Ao todo, oito crianças entre 3 e 5 anos
estão internadas na capital mineira. A informação é do Corpo de Bombeiros.
Vítimas
Segundo
o Instituto Médico-Legal da cidade, morreram no ataque:
Ana
Clara Ferreira Silva, 4 anos
Luiz
Davi Carlos Rodrigues, 4 anos
Juan
Pablo Cruz dos Santos, 4 anos
Juan
Miguel Soares Silva, 4 anos
Renan
Nicolas Santos, 4 anos
Helley
Abreu Batista, professora, 43 anos
Autor
do ataque
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De
acordo com a prefeitura, Damião Soares dos Santos era funcionário efetivo desde
2008. Ele ficou de férias de julho a agosto e, ao retornar ao trabalho, no mês
de setembro, alegou problema de saúde e foi afastado.
Damião
foi à creche na manhã desta quinta entregar o atestado médico e cometeu o
crime. O delegado Bruno Fernandes Barbosa informou que ele entrou na creche de
mochila, sem tirar o capacete, fechou as portas e já ateou fogo em uma
funcionária que estava na cozinha.
A
perícia indica que ele fechou três salas da creche, onde havia entre 55 e 60
pessoas. Ele tirou um galão da mochila, jogou álcool nas crianças e ateou fogo.
Logo as chamas se espalharam por outras salas. O homem teria ainda segurado as
crianças, impedindo que elas saíssem. Uma professora tentou conter a ação de
Damião e chegou a lutar com ele.
O
vigia foi levado para o hospital com queimaduras no corpo inteiro e morreu
cerca de três horas depois.
"Tenho
plena convicção de que o crime foi premeditado, ele escolheu a data de dia 5 de
outubro porque o pai dele morreu no dia 5 de outubro, há três anos", disse
o delegado.
Segundo
Barbosa, o segurança
havia dito a familiares que "essa semana iria morrer". Parentes
disseram à polícia que, desde 2014, Damião já apresentava "sinais de
loucura". "Ele alegava que a mãe dele estava envenenando a água, e
que isso estava trazendo problemas", disse o delegado.
Na
casa de Damião, a polícia encontrou cartas escritas por ele, nas quais dizia
ter predileção e afeto por crianças. Também foram achados galões de
combustível. "Encontramos seis ou sete galões de cinco litros com
álcool", disse o delegado.(G1GRANDE MINAS)
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