Jovem de 23 anos morre após levar tiro de PM na zona leste de SP


Um tiro no peito efetuado por um agente da Polícia Militar do Estado de São Paulo tirou a vida de Rafael Aparecido Almeida de Souza, de 23 anos, na madrugada do último final de semana. O caso aconteceu por volta da meia noite do dia 4 para o dia 5 em uma travessa da avenida Aricanduva, na zona leste de São Paulo.
De acordo com familiares e testemunhas, o jovem estava na frente de casa com cerca de seis pessoas. Eles conversavam e fumavam narguilé tranquilamente quando os policiais apareceram e abordaram o irmão de Rafael, que foi liberado em seguida. A vítima teria acenado para que o irmão viesse ao seu encontro e disse: “Vem pra cá”.
Nesse momento, o PM teria efetuado o disparo de longe. “Os policiais não tiveram nem a capacidade de resgatar”, disse um parente do jovem que o levou até o hospital e não terá o nome divulgado nesta reportagem por questões de segurança.
De acordo com a declaração de óbito, Rafael já chegou ao pronto socorro do Hospital Geral de São Mateus sem vida. “Ele morreu nos meus braços. Quando peguei ele para colocar no carro, ele deu o último suspiro”, relatou o familiar dizendo que “está difícil demais” lidar com a perda do jovem.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) tem outra versão para o caso. Nesta segunda-feira (6), a pasta disse que, na ocasião, “durante uma abordagem de rotina, os policiais militares foram hostilizados por um grupo de pessoas”. Além disso, a pasta afirmou que Rafael tinha tentado tirar a arma de um dos policiais. O PM, segundo a SSP, teria reagido e disparado contra o jovem.
Porém, o familiar que estava presente no momento da ação disse que Rafael “não chegou nem perto” dos agentes. Além disso, o parente também afirma que os policiais disseram “nós que mandamos nessa p…” e saíram do local.
Questionada pela reportagem sobre a investigação do caso, a SSP afirmou, por meio de nota, que o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa está investigando o caso e que um Inquérito Policial Militar também foi aberto.
De acordo com o advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana), ele encaminhou as informações do caso para o ouvidor Benedito Mariano, para que seja instaurado um procedimento de apuração em relação à morte de Rafael.
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